domingo, 20 de setembro de 2015

In(s)

É exaustivo esse não saber desordenado
De papéis repletos de perguntas
Ou outras tantas afirmações questionáveis.
Sim.
É cansativo viver lutando num não saber para onde ir
Ou porque lutar
Na indagação de se algum dia encontrará algum chão
Alguma terra para chamar de sua
Algum lugar para sentir você _ como deve ser.
E resta a insegurança de estar perdido, cabisbaixo, sofrido
Um cristianismo arraigado cheio de cruzes.
Arre.. eu já cansei dessas letras repetidas, 
Dessa perdição inconfundida.
Eu quero agora o lirismo incomedido dos bêbados e dos palhaços,
De Shakespeare ou de circos. Tanto faz.
Quero apenas aquela loucura vã 
Que habitou-me por segundos em tempos pouco remotos
Mas que ainda rememoram-me em flashes constantes
Lembrando-me do medo de ser quem sou e quem era
O medo de perder-me confundida em mim mesma
E em meus seres.
A loucura de ser intransigente 
E incondicionada.

Marina Cangussu F. Salomão

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