terça-feira, 12 de julho de 2011

Eternidade

Fazia de certa e concreta, nada diversa,
Em busca do definido passo tradicional
Corrupio de vigente infância controlada
Sagaz em modelo perfeito e delicado

Dizia sobre o bem e sobre o mal
E não dúvida ou interpretação
Até crescer-se e sentir o vento que sórdido soprava
E atingia com duras verdades e indefinições

Emanada de sonhos inconcretos fantasiou o que via
Mas a dúvida persistia na tentação de pensá-la
E a crítica latejava em seus olhos
Tão novos na indiscrição e atentos na covardia

Pesada em erros definidos de infância
Voava alto em liberdade
E não pura sabia-se eterna sua morada
E viu-se que era ela a quem descrevia.

Agora diz-me, Fé, onde abrando meus erros
Se cresci na certeza e amadureci na falta
E incompreensível, tanta dúvida 
Aproxima-me de Tua grandeza

Ah! Perdão barroco que tanto espero,
Professo-me por amor ao eterno
Envolto pelo rancor do mundo
E eterna me sinto, mas não me faço. 

Marina Cangussu F. Salomão

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