Tão livre quanto a sensação de ver mais longe
E perceber-se tão pouco, tão mínimo
Livre por não ser nada e não dever
Nem seguir distinções descritas distantes
Nada além das sensações doces e puras
De temer, de morrer, de adorar.
Pois não há que afastar o medo dito ruim:
Definições não existem para aquele que sente e liberta-se.
Tão claro o mal é como cortar a relva
Por entre os dedos em manhã úmida
E bucólica. Tão bucólica e clara!
Bem digo: não há bem ou mal definidos
O que há são prisões que impedem
O pisar descalso na relva fria do mato.
Por isso, sê livre e pisante
Sem limitar-se ao que dizem mal
Pois morrer é recobrar-se para o pouco
E fazer novamente sem palavras ressonantes
Sem ecos, sem sortes. Mas adorado!Marina Cangussu F. Salomão
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