Sem ver-lhe as linhas
Que amedrontava-me perdê-lo
Esquecer seus reais limites
Confundidos com tantos outros.
E alvoroçava-me o coração
Na ânsia de conservar-me o tato
De tê-lo preciso, certo e real.
E depois de muita espera
Ao vê-lo e sentir tua boca tatear-me
Acalmava-me em constatar
Cada delineio devidamente posto
Sempre o mesmo em seu espaço
Sem a ação de minha memória
Ou de outras mãos a bagunçá-los.
Eram sempre minhas linhas,
Que desejava todos os dias
Desejar-me cada mínima parte
Como única e com posse.
Marina Cangussu F. Salomão
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