Um desespero em tocá-lo
Sabê-lo real em meus pensamentos
Acertar a veracidade
De sua existência em mim
Uma pressa em vê-lo
E sentir que me olha
Uma pressa dissonante
Deste tempo que deve ser meu:
Que assovia em calmas
Os cantos dos pássaros
Que desfilam sua exibição
No abrir das asas
Sem batê-las ou contorná-las
mas deixar o vento leve
Cortar-se por entre as penas
O mesmo vento que me corta
Quando tenho enlaçado
Em meus dedos seus dedos:
Uma brisa sem dono
Acalmando-me o tempo
Que ecloa lentamente
O eco de seus ponteiros.
Marina Cangussu F. Salomão
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