sábado, 13 de agosto de 2011

Manifesto

Odeio essa voz que grita
Se espalhando pela casa
Estridente, autoritária, irritante
Com olhos ignorantes 
Extremos em reinado
Acima de tudo
Menos de seus próprios pecados.
Tampo os ouvidos
Mas ela continua a vibrar
Até implodir tímpanos
De irritações, exaustos.
Voz infame sem razão
Sem pensamentos, sem dúvida
Que não questiona, nem reflete
Nem reduz para sentir
Ou escuta para traduzir,
Tola de tanta manipulação
Voz que julga, que aponta
Se exaspera nos erros
Tropeçados de tão seus,
E tão deleite se alheios.
Voz que não se olha.


Marina Cangussu F. Salomão

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