Passeava somando os passos
Admirando olhares deslizantes
Ouvindo fatos, casos e mentiras
Talvez percebiam-na em suas roupas
Ou nem notavam o que trazia
Era uma, mais uma, passante
Obviamente teria sentimentos e preocupações
Que importavam apenas aos seus
Era qualquer, mesmo que descrevesse a alma
Que desvendasse os nefelibatas andantes
Era apenas mais uma formiga
Por entre carros, prédios e estudantes
Porque as cabeças excêntricas eram vistas
Os vestidos suntuosos eram percebidos
E as palavras unidas escondidas
Permaneciam nos rascunhos descartados
Ignorantes de tudo o que eram.
Marina Cangussu F. Salomão
Ai, Marina! Você também sabe ler almas.
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