sábado, 10 de setembro de 2011

Fábula

Tão singelo desenhava
O desembaraçar que provocava
E mais solto e menos calmo
Voava alto os pequenos pedaços
Que agora livre dos nós
Podia subir cada vez mais 
E alcançar as alturas da imensidão


No instante tão alto e tão solto
Contornou-se em loucuras
E tão lírico e bêbado
Arregalou-se em destrezas
E íntimo, sadio e complacente
Deixou-se em deleite controlar-se


Na ilusão das amarras
Viu-se então liberto e dois
Agora duplo e mais teria 
Uma altura ainda maior para voar
E em lirismo louco e solto
Deixou-se em entrega delirante
Alcançar a mais singela fábula.


Marina Cangussu F. Salomão

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