sexta-feira, 25 de maio de 2012

A casa das flores

O silêncio azul das paredes
Transbordava com imensidão
O ninar lento da rede
No vento sereno como a cor.
Como a in tensidade da quietude verde
Em cada rufalhar da galhos,
E o barulhar calmo de água em água,
Unido ao canto das flautas de asas doces,
Que cantavam ao sol
Para carinhosamente aquecido ser
Nas manhãs frias de neblina.
E cabia-lhe tanto detalhe:
Tudo tão minuciosamente amado
Que o sentimento invadia a alma,
E junto a Sidarta,
Alcançava a plenitude de ser.
E era-se feliz!
Tão alegre como o salpicar
Das cores de tantas flores.


Marina Cangussu F. Salomão

Nenhum comentário:

Postar um comentário