Ia o homem com a enxada na mão
A seus pés seguiam dois, sempre na proteção
Podiam seguir nas pequenas ruas
Mas preferiam seguir o cenário das árvores nuas
E seguiam o percurso natural
Na fantasia do tempo que lhes era real
Os fiéis escudeiros nunca abandonavam
Fosse cerrando madeira ou quando caçavam
Ia juntos tirar leite e cortar cana
Desejando boa sombra e a comida da Dona Ana
Contavam causos, reclamavam da vida
Uns ouviam e o outro clama a Compadecida
Adoravam o mesmo tempo no capinzal
Quando o mato subia verde e pulavam no aguaçal
Os pequenos giravam mundos de pata em pata
E ensinavam ao homem a beleza simples e grata
A noite, quando já era mais tarde
Recostavam em seus cantos, longe da verdade
E os sonhos se coincidiam
Que os outros dias igualzinhos íam.
Marina Cangussu F. Salomão
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