domingo, 27 de maio de 2012

Finalmente, a bolha

Aprendi a olhar para cima
_Por mais que a cabeça me pese,
E desistir dos soltos concretos
Que de fantasmas assustavam meus sonhos
E me impediam de segurá-los nas mãos
Acariciando seu tato de vontade
E de pé pude ver-me em espelho
Irreconhecível diante da memória
Da criança dos doze anos,
E tão linda e flutuante
Decidi vagar nos vermelhos
Fazendo-os sangrar pela primeira vez
Já que agora tinha pernas mais altas
Que me permitiam ver de cima e forte
Como o desejo do amor de outros tempos.
Marina Cangussu F.  Salomão

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