sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ao mendigo desta manhã

Estavam todas as manhãs
Enrolados junto aos germes
Jogados em calçadas
E, parte do cenário, não os via
Não notava o frio que sentiam
Sabia-se que não deveria estar perto
Que eles bebiam e se sujavam
Mas nunca parara para ver
A alma que lhes rodeava
Pois internamente em fome
Havia secura e desespero
Impossível de habitação de almas
Que fieis a seus corpos
Permaneciam próximas
Lembrando-os de sua situação
E longe do idealismo burguês
Perfurados de descrença
Viam nossos bosques sem mais vida
E suas vidas com poucos amores.


Marina Cangussu F. Salomão

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