sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tua boca

Apenas daquela boca ressoaria
Os doces sussurros irmãos do vento
Que acariciam-me os cabelos


Somente dela se constroem
As desejadas promessas em dedilhos
Agigantando os prazeres e aconchegos


E dela viria o delicado tato em alteres
Que desconstrói toda efigie criada
E a coloca nua em pedestal


Nela, somente nela, curvando-se
Sem sequer encenação ou hipocrisia
Alteiam-se os pronomes nossos


E faz-me repleta em aspiração...


Marina Cangussu F. Salomão





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