quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Conclusio

Talvez ela só não soubesse
Que as confusões se fariam
Sem pedidos e sem entranhas
Sem entrar suficientemente
Permissivo e contente
E que o que lhe doía
Ou o que lhe coçava
Não existia para os outros
Mas era real como sua visão
Como a diferença 
Entre o que todos viam
Porque cada um via diferente
E talvez fosse tempo
De fazer diferente
Sem permissão e compreensão
Fazer sem doer, sem pecado
Sem importar com as confusões 
Que lhe construiriam depois
Pois o depois ainda viria
E ela tinha certeza
Que nunca perderia
O que lhe segurava e protegia
Porque seu rosto impunha
Muita doçura para desfazê-lo
E para perdê-lo
E mesmo porque não faria mal
Despencar de uma bolha de sabão.


Marina Cangussu F. Salomão

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