segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Espera

Quanta inquietação
Na espera de sequer palavra
E esperava contemplando
O girar lento do cortinado
Guiado pelo leve vento
Que entrava sorrateiro pela janela
Que encobria a cama 
Que ainda deitava
E deixava-se fluir
Pois não poderia controlar-se
Já que nos sonhos vinham
Os pensamentos que lhe proibira
E agora renunciando
A todos os limites
Permitia-se esperar e sonhar
E desejar a espera.


Marina Cangussu F. Salomão

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