segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Peso

E fartava-se de tanta lucidez
De tanto deslumbre controlado
E tanta fala imposta
Pois ao final nada pararia
Nada estaria presente.
Mas sobrepunham-se aos fatos
Às falas que disseram outra vez,
E nunca cumpriram-nas,
E faziam certa e somente
Sem saída diante das vontades
Reprimidas pelas magoas
E pelas palavras que rodeavam
Escondidas, incessantemente,
E deveriam forjar-se e também
À luz que fluía sincera das janelas.
Sendo que nada adiantaria
Negar-se em mentiras
Ditas em vão para o vácuo 
Porque o fim não existiria
Sem os dois gentes.


Marina Cangussu F. Salomão




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