sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Contos


Depois da curva - Pouca Vogal


E sairia correndo feito louca
Com os cabelos voantes e embaraçados
Gritando aterrorizada todas as pragas
Enraivecida do que vira e se tornara.
Mas não rasgaria as próprias roupas
E cuidaria para não se machucar
Pois não fugiria para aquele lugar
Ou qualquer outro corriqueiro
Iria para um que não a sabia
E chegaria apenas com os cabelos
De quem tomou muito vento
E o mesmo muito pisado
Assolado deveras muitas terras
Não como resquício de quem foge
Ou mesmo lembranças de loucura.
Fingiria, continuaria o mesmo
Desenvolveria sua hipocrisia.
E seria perturbada para sempre.


Marina Cangussu Fagundes Salomão

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